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por Alessandro Fernandes - 04/09/2024 às 20:35
Pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), em colaboração com outras instituições, estão desenvolvendo novos compostos quimioterápicos que prometem ser mais eficazes contra o câncer e causar menos efeitos colaterais nos pacientes.
Há mais de 150 anos, cientistas descobriram que os ipês contêm compostos com potencial para combater tumores em seres humanos. No entanto, pesquisas revelaram que essas moléculas possuem limitações, como o fato de atacarem tanto células cancerígenas quanto saudáveis, o que compromete sua eficácia no combate à doença.
Baseado nisso, a Profª Cláudia Pessoa e sua equipe no Laboratório de Oncologia Experimenta se inspiraram nas características das moléculas do ipê para desenvolver novas versões sintetizadas em laboratório. Essas moléculas são projetadas para atacar preferencialmente as células cancerígenas, preservando as células saudáveis do organismo.
Cláudia ressalta que seu grupo de pesquisa, em colaboração com as universidades federais de Minas Gerais e Santa Catarina e da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, desempenha um papel crucial na prospecção de moléculas com potencial anticâncer, que podem se tornar novos “protótipos de fármacos” para o tratamento da doença.
Os compostos sintetizados resultam de duas pesquisas realizadas no Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da UFC, incluindo a tese de doutorado de Bruno Coêlho Cavalcanti.
Segundo Bruno, o Laboratório da UFC já tem diversos estudos com quinonas, um grupo de substâncias ao qual pertencem os compostos sintetizados. “De uma forma geral, as quinonas são consideradas estruturas privilegiadas e fazem parte da composição química de medicamentos importantes usados contra o câncer”, conta.
Os estudos continuam a avançar, com foco em novas estratégias para o combate ao câncer de próstata, ovário e mama. Após os resultados dos testes in vitro, os cientistas estão agora iniciando os testes em animais para avaliar a eficácia e segurança. Apenas após essa etapa a pesquisa poderá avançar para os estudos clínicos em humanos.
*Com informações da Agência UFC
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