O ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro discursaram em evento do Partido Liberal (PL) que busca atrair filiações e candidaturas femininas para as próximas eleições municipais. A solenidade aconteceu neste sábado (30), em Fortaleza.

O político defendeu uma gestão pública que priorize a família tradicional e os costumes cristãos. “Respeitamos as minorias, mas as leis têm que proteger as maiorias. 90% dos brasileiros são católicos ou evangélicos, isso tem que ser respeitado”, afirmou.

Bolsonaro não oficializou candidatura própria da legenda para a Prefeitura de Fortaleza, mas estimulou a participação feminina na política.

“Devemos despertar o interesse das mulheres para a política, não por questões de cotas, mas por vontade de beneficiar o município, estado e o país”, justificou.

A fala acontece em meio ao processo de cassação da bancada estadual do PL por suposta fraude à cota de gênero.

O ex-mandatário aproveitou a ocasião para agradecer a receptividade dos nordestinos e as doações que recebeu via Pix para pagar multas impostas pela Justiça. “O Nordeste é a região em que eu sou melhor recebido. Agradeço aos que colaboraram comigo, arrecadamos mais do que precisávamos”, comentou.

O político também apoiou liberdade de expressão na internet. “A imprensa e as mídias sociais têm que ser livre, custe o que custar”, disse.

Nas considerações finais, Bolsonaro destacou as políticas públicas implementadas durante o seu mandato e criticou a oposição. “Trouxemos água para o Nordeste, 80% dos beneficiários do Minha Casa, Minha Vida eram mulheres. Nós tínhamos 23 ministérios, enquanto o Lula tem 37. Considero 2022 uma página virada. Temos 2024 e 2026 para tratar de política”, avaliou.

O político foi aplaudido aos gritos de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.

Durante sua fala, Michele Bolsonaro destacou a participação na causa surda. “Minha ajuda a comunidade é apartidária. O Governo Bolsonaro que deu visibilidade a causa”, comentou.

Estiveram presentes no evento o presidente estadual do PL, Acilon Gonçalves, o deputado federal André Fernandes e outros apoiadores de Bolsonaro.