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Professora da UFC é a única do Ceará aprovada em edital que promove mulheres negras na ciência

por Giovanni Scomparin - 04/11/2024 às 10:41

Margarida irá à Universidade de Évora, em Portugal, onde realizará seu pós-doutorado (Foto: Reprodução)

A professora Margarida Pimentel, do Departamento de Letras Libras e Estudos Surdos (Delles) da Universidade Federal do Ceará (UFC), é a única docente de instituição de ensino superior do Ceará aprovada no edital Atlânticas – Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência. A iniciativa procura aumentar a presença e permanência de mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas na ciência brasileira.

Com viagem prevista para dezembro, Margarida irá à Universidade de Évora, em Portugal, onde realizará seu pós-doutorado sob a supervisão da professora Maria João Marçalo, presidente da Associação Internacional de Linguística.

“O objetivo geral é desenvolver um estudo com análise, produção e uso de materiais didáticos funcionais bi/trilíngues (Libras, Língua Portuguesa e Língua de Sinais Portuguesa, também conhecida por Língua Gestual Portuguesa – GLP) físicos ou digitais, no âmbito da educação de surdos em Évora, a fim de ampliar o leque de possibilidades a educandos surdos no uso do Português como L2”, explica a pesquisadora.

Além disso, Margarida destaca a importância de fortalecer o intercâmbio e a internacionalização dos estudos de pessoas surdas na UFC. “O ENEM é aproveitado em Portugal, devido a um convênio do governo brasileiro com o português. Com esse estudo que vou fazer no pós-doutorado, considerando o meu trabalho de tese que trouxe como produto alguns sinais-termo visando questões do ENEM, sonho em estimular e inspirar estudantes surdas e surdos e, desse modo, possa construir redes e pontes, entre universidades de Portugal e a UFC”, afirma.

No total, o edital recebeu 546 propostas, sendo 264 para doutorado sanduíche no exterior e 282 para pós-doutorado, das quais 86 pesquisadoras foram selecionadas em todo o Brasil. O programa Atlânticas conta com R$ 6 milhões em investimentos e é promovido pelo Ministério da Igualdade Racial, em parceria com o CNPq, o Ministério das Mulheres e o Ministério dos Povos Indígenas.

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