O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) não vai assumir oficialmente o Governo Federal durante o procedimento cirúrgico e o período pós-operatório do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que será submetido a instalação de uma prótese no quadril. A intervenção esta prevista para esta sexta-feira (29), no hospital Sírio-Libanês de Brasília.

“Não há necessidade de o presidente se afastar do cargo porque vai ser um período curto, praticamente um final de semana, e depois ele despacha do Palácio do Alvorada”, justificou Alckmin no encerramento do fórum “O futuro da saúde no Brasil”, da farmacêutica EMS.

Em nota ao Jornal Jangadeiro, a Secretaria de Comunicação Social confirmou que não há previsão do vice-presidente, Geraldo Alckmin, assumir a Presidência. “Alckmin exerceu a função de presidente em exercício durante todas as missões internacionais realizadas pelo chefe do Executivo neste ano”, ressaltou a pasta.

Segundo o advogado Edmilson Barbosa, especialista em Direito Constitucional, existe uma linha de sucessão para a substituição do presidente da República, “quando ele não estiver em território nacional ou não puder exercer suas funções, como licença-médica, por exemplo”.

O primeiro da linha de sucessão é o vice-presidente, seguido pelo presidente da Câmara dos Deputados, presidente do Senado Federal e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

RECUPERAÇÃO

Lula também não julga necessária a substituição, pois prevê trabalhar “normalmente” durante o pós-operatório. Entretanto, o mandatário vai suspender temporariamente a agenda internacional.

“No dia 28 ou 29 de novembro vou viajar para os Emirados Árabes. Até lá, vou ficar aqui em Brasília, não vou poder pegar avião, mas vou trabalhar normalmente”, afirmou durante o programa “Conversa com o Presidente”.