As reclamações contra planos de saúde que negaram algum tipo de cobertura aumentaram 374% em 10 anos. De 2014 a 2023, as queixas foram de 61,5 mil para 292 mil.

Os dados foram revelados pelo Portal UOL em pedido à Agência Nacional de Saúde (ANS). Segundo o veículo, até 2018, as negativas de cobertura somavam de 60 a 70 mil por ano. O número foi crescendo a partir de 2019, quando as reclamações saltaram para 91 mil, seguindo em ritmo crescente durante a pandemia e chegando ao recorde, em 2023.

Em 2022, por exemplo, foram 189 mil reclamações. Já em 2023, o número foi para 291 mil, um aumento de 54%. As queixas, no entanto, continuam a subir. Em 2024, foram 104 mil reclamações entre janeiro e abril deste ano, alta de 35% em comparação com o mesmo período do ano passado.

NOVA LEI

As queixas podem estar relacionadas com uma nova lei no rol de procedimentos. Até 2022, as operadoras de saúde afirmavam que compriam apenas com a lista de procedimentos no rol da ANS.

No entanto, no mesmo ano, uma lei aprovada no Congresso Nacional tornou a lista apenas como referência, obrigando os planos de saúde a garantirem todo tratamento que tenha recomendação médica e comprovação científica.

Apesar disso, as operadoras se limitam a ofertar apenas o que está no rol da ANS.