O tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, admitiu ter participado da venda de dois relógios de luxo recebidos pelo ex-presidente (Rolex e o outro da marca Patek Philippe). A informação foi dada durante delação premiada no sábado (9). Cid ainda teria atestado que repassou a Bolsonaro o dinheiro obtido no negócio.

Segundo a informação, publicada pela revista Veja, nesta quinta (14), a Polícia Federal descobriu a transação, realizada nos Estados Unidos, onde Bolsonaro viajou no ano passado, acompanhado de Cid e levando os kits de joias.

O depoimento de Cid se choca contra a versão dada por Bolsonaro. Em depoimento, o ex-presidente afirmou que desconhecia o negócio e não havia recebido nenhum dinheiro da venda dos presentes. Segundo Cid, “o presidente estava preocupado com a vida financeira. Ele já havia sido condenado a pagar várias multas”.

Cid teria dito também que sabia que a venda poderia ser “imoral”, mas não “ilegal”.

Delação premiada

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) firmou, em 9 de setembro, acordo de delação premiada de Mauro Cid. Cid estava preso há 4 meses e deixou a prisão no mesmo dia.