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Maternidade se pronuncia após denúncia de violência obstétrica; médico prestou esclarecimentos

O Hospital e Maternidade José Pinto do Carmo, localizado em Baturité, se pronunciou após a denúncia de violência obstétrica cometida por um médico durante um parto na unidade. O bebê morreu 17 dias após o nascimento devido a um edema cerebral, que teria sido causado pela manobra de Kristeller realizada na barriga da mãe, Vanessa Rocha. Em nota, o hospital informou que os fatos estão sendo apurados e esclarecidos junto às autoridades competentes para que sejam avaliadas as condutas dos profissionais envolvidos. “A direção clínica e o próprio médico que conduziu o parto já prestaram os primeiros esclarecimentos junto ao Ministério Público, sobre o mencionado atendimento”. O profissional também será submetido ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec). O Ministério Público do Ceará (MPCE) instaurou, nessa segunda-feira (11), Inquérito Civil para acompanhar as investigações. O órgão ouvirá todas as partes envolvidas e buscar provas técnicas constatar se houve ou não violência obstétrica. ENTENDA Segundo relatos, o parto de Vanessa evoluiu normalmente, mas, em certo momento, informaram que os batimentos cardíacos do bebê estavam baixos. Foi, então, realizada a manobra de Kristeller, pressão realizada na parte superior do útero. A prática não é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por colocar em risco a mãe e bebê. “O senhor vai matar meu filho; está colocando muita força, vai matar meu filho”, dizia a vítima ao médico no momento da pressão. O caso ocorreu no dia 22 de agosto. A mãe informou que, após o parto, a equipe médica garantiu que o filho estava bem. No entanto, uma hora depois, o Samu foi acionado para transferi-lo para um hospital em Fortaleza, devido a complicações. A transferência teria demorado cerca de quatro horas. Na capital, o recém-nascido foi internado na UTI Neonatal, fez exames que constaram o funcionamento adequado dos órgãos, mas comprovaram a existência do edema. Na primeira semana de setembro, o bebê faleceu. Um Boletim de Ocorrência foi registrado.

por eduarda.aquino - 13/09/2023 às 16:15

Em nota, o hospital informou que os fatos estão sendo apurados e esclarecidos junto às autoridades competentes para que sejam avaliadas as condutas dos profissionais envolvidos.

O Hospital e Maternidade José Pinto do Carmo, localizado em Baturité, se pronunciou após a denúncia de violência obstétrica cometida por um médico durante um parto na unidade. O bebê morreu 17 dias após o nascimento devido a um edema cerebral, que teria sido causado pela manobra de Kristeller realizada na barriga da mãe, Vanessa Rocha.

Em nota, o hospital informou que os fatos estão sendo apurados e esclarecidos junto às autoridades competentes para que sejam avaliadas as condutas dos profissionais envolvidos.

“A direção clínica e o próprio médico que conduziu o parto já prestaram os primeiros esclarecimentos junto ao Ministério Público, sobre o mencionado atendimento”. O profissional também será submetido ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec).

O Ministério Público do Ceará (MPCE) instaurou, nessa segunda-feira (11), Inquérito Civil para acompanhar as investigações. O órgão ouvirá todas as partes envolvidas e buscar provas técnicas constatar se houve ou não violência obstétrica.

Entenda

Segundo relatos, o parto de Vanessa evoluiu normalmente, mas, em certo momento, informaram que os batimentos cardíacos do bebê estavam baixos. Foi, então, realizada a manobra de Kristeller, pressão realizada na parte superior do útero. A prática não é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) por colocar em risco a mãe e bebê.

“O senhor vai matar meu filho; está colocando muita força, vai matar meu filho”, dizia a vítima ao médico no momento da pressão. O caso ocorreu no dia 22 de agosto.

A mãe informou que, após o parto, a equipe médica garantiu que o filho estava bem. No entanto, uma hora depois, o Samu foi acionado para transferi-lo para um hospital em Fortaleza, devido a complicações. A transferência teria demorado cerca de quatro horas.

Na capital, o recém-nascido foi internado na UTI Neonatal, fez exames que constaram o funcionamento adequado dos órgãos, mas comprovaram a existência do edema. Na primeira semana de setembro, o bebê faleceu. Um Boletim de Ocorrência foi registrado.

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