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Julgamento de Bolsonaro e demais acusados sobre tentativa de golpe só deve ocorrer em 2025

Entenda o processo

por Aline Neri - 22/11/2024 às 12:39

O inquérito da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 acusados por tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito será enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) nos próximos dias. Porém, devido ao recesso de fim de ano, o julgamento dos indiciados só deve ocorrer em 2025.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá um prazo de 15 dias para decidir se os indiciados serão denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nesse período, as defesas dos investigados também devem se manifestar. Após o envio, o inquérito seguirá para o gabinete do ministro do STF, Alexandre de Moraes, relator da investigação.

Com o recesso do STF, que vai de 19 de dezembro a 1º de fevereiro de 2025, a expectativa é que qualquer julgamento da denúncia ocorra no próximo ano.

INQUÉRITO
A PF concluiu que Bolsonaro “tinha pleno conhecimento” do plano de assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes.

Diante dessas informações, Bolsonaro foi indiciado pela terceira vez no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado em 2022, após a derrota eleitoral. Os advogados de Bolsonaro disseram não ter informações sobre a conclusão da PF.

As investigações também apontaram o envolvimento do ex-ministro da Defesa, general Braga Netto, e de pelo menos 35 militares. Entre os indiciados está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Na quinta-feira (21), Mauro Cid prestou depoimento ao STF sobre omissões e contradições identificadas pela PF em seu depoimento anterior, realizado na terça-feira (19). Após o depoimento, Moraes decidiu manter os termos do acordo de delação premiada de Cid, entendendo que ele esclareceu as omissões e contradições apontadas.

Durante o depoimento à PF, Cid negou conhecimento sobre o plano para matar Lula, Alckmin e Moraes. No entanto, conforme as investigações, uma das reuniões da trama teria ocorrido na casa do general Braga Netto, no dia 12 de novembro de 2022, com a presença de Cid.

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