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por Aline Neri - 14/11/2024 às 10:49
O homem que morreu após explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi identificado como Francisco Wanderley Luiz. Em 2020, candidatou-se a vereador pelo PL em Rio do Sul (SC), mas não foi eleito.
Ele era de Santa Catarina, tinha 59 anos e estava no Distrito Federal há cerca de quatro meses. A família não sabia sobre seu paradeiro.
Ao menos duas explosões ocorreram na Praça: uma em frente à estátua da Justiça, próximo ao STF, e outra no carro de Francisco, estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados. Elas aconteceram com um intervalo de 20 segundos.
Segundo o Boletim de Ocorrência da Polícia Civil, houve explosão e autolesão fatal. Um explosivo que estava na mochila de Francisco foi detonado junto ao corpo. “A segunda ocorreu no local onde um veículo estava estacionado, em uma via auxiliar, desconhecida”, diz o boletim. No carro foram encontrados explosivos, tijolos e outros objetos.
O boletim relata ainda que o homem se aproximou da sede, abriu a jaqueta e mostrou a um segurança que carregava explosivos. Em seguida, lançou alguns em direção ao prédio, mas, devido à distância, não atingiram o alvo. Depois, ele “deitou-se e posicionou o último por debaixo de sua cabeça, até que houve a explosão fatal”.
MENSAGENS
O B.O aponta que mensagens foram compartilhadas antecipando o ocorrido. “Manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições”.
Em publicações no Facebook, Luiz falou em bombas na casa de lideranças políticas. “Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, etc.”, escreveu.
“Outros dados da vítima foram obtidos, tendo sido possível identificar uma possível motivação, tendo em vista o conteúdo político de postagens no perfil de Francisco”, acrescenta o B.O.
Em um post, mencionou o dia 15 de novembro, data da Proclamação da República, sugerindo que essa data seria “especial para iniciar uma revolução”. Ele publicava críticas ao STF, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco.
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