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Feirantes vão receber educação antirracista após Jojo Todynho denunciar racismo em Fortaleza

por Vitória Barbosa - 17/12/2023 às 19:35

O caso é investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes por Descriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (Foto: Reprodução)

O prefeito José Sarto se manifestou sobre a denúncia de racismo que a cantora e influenciadora digital Jojo Todynho diz ter sofrido enquanto passeava pela Feirinha da Beira-Mar, em Fortaleza, nesse sábado (16). “Toda forma de discriminação precisa ser repudiada, combatida e apurada”, publicou Sarto nas redes sociais.

“Cabe à Polícia Civil investigar a denúncia de racismo que Jojo Todynho relata ter sofrido em Fortaleza. Por outro lado, a feirante alega calúnia. A Prefeitura de Fortaleza já colocou a Coordenadoria Especial de Promoção da Igualdade Racial e a Secretaria de Turismo à disposição para colaborar no que for necessário”, informou o prefeito.

De acordo com o gestor, o Município passará a oferecer educação antirracista aos permissionários que atuam no polo. Eles já recebem formação gratuita e continuada pelo programa Fortaleza Capacita.

Entenda

Em vídeo que circula nas redes sociais, Jojo aparece discutindo com a vendedora de um box. No seu perfil no Instagram, ela explica que, enquanto finalizava uma compra, essa vendedora lhe abordou oferecendo algo de sua loja em troca de uma divulgação na internet. A cantora, no entanto, diz que se recusou e agradeceu. Após a negativa, a então feirante teria lhe chamado de “preta arrogante”.

Já a vendedora relata que, após o pedido de divulgação de seu box, a Jojo Todynho teria lhe respondido gritando, colocando o ‘dedo na sua cara’. Ela nega a acusão de racismo. “Eu jamais chamaria alguém de preta, até porque o meu esposo é preto, tenho uma filha negra. Por que vou ser racista? Jamais”.

Em nota, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) informou que apura a denúncia de crime de preconceito de raça ou cor contra artista carioca. A permissionária autônoma também registrou denúncia contra a artista pelo crime de calúnia. O caso está a cargo da Delegacia de Repressão aos Crimes por Descriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (Decrin), unidade especializada.

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