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Extrema pobreza cai no Brasil, mas o Ceará tem a menor redução do Nordeste, aponta FGV

por Alessandro Fernandes - 25/06/2024 às 21:26

(Foto reprodução)

Cerca de 5,2 milhões de nordestinos saíram da extrema-pobreza, quando a renda mensal é de até R$ 209 por mês, entre os anos de 2021 e 2023. No Brasil, o número de pessoas que deixaram a faixa soma 9,7 milhões, segundo um levantamento realizado pela FGV Ibre. O Ceará foi o estado da região Nordeste que apresentou a menor redução no índice. 

O estudo explica que o cenário econômico ao longo do anos, além da pandemia, potencializou o crescimento de pessoas vivendo na pobreza e extrema-pobreza. As políticas de transferência de renda, como o Auxílio Emergencial, Auxílio Brasil e Bolsa Família ajudaram a reverter o cenário. 

Em relação aos índices de extrema pobreza, a maior queda entre os anos de 2021 e 2023 foi registrada pelo Rio Grande do Norte, com uma redução de 56,9%, seguido da Paraíba, com 55,6% , e Pernambuco, com 51,7%. No Ceará, a queda no período entre os dois anos foi de 40,4%. 

O estado, no entanto, foi o único da região Nordeste a apresentar redução estatisticamente relevante no índice de extrema pobreza entre 2012 e 2019, embora seja uma redução de apenas 1 ponto percentual. 

“O efeito da expansão dos programas de transferência de renda para redução de pobreza monetária é óbvio e direto, mas nesse novo cenário, serão pertinentes as questões sobre as limitações destes programas para realmente elevar o bem-estar da população e continuar promovendo redução da pobreza na velocidade desejada”, destaca o estudo. 

A pesquisa sugere também que a política de combate à pobreza deve ser ativa, com atualizações constantes no Cadastro Único, aprimorando os mecanismos de identificação e focalização, principalmente no que diz respeito ao atendimento das famílias em situação mais vulnerável. 

“No âmbito especificamente da região Nordeste, uma agenda futura deve ser estabelecida, com a proposta de compreender melhor as heterogeneidades regionais, permitindo o aprimoramento das ações e ampliando capacidades institucionais de monitoramento e avaliação dessas iniciativas”, conclui.

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