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por Aline Neri - 30/07/2024 às 11:27
A qualidade do sono da população brasileira já não andava muito bem. A situação piorou ainda mais com a pandemia. De acordo com pesquisa do Instituto do Sono, cerca de 70% da população passou por dificuldades para pegar no sono.
“O estresse, hábitos ruins de sonos e pessoas mais deprimidas ou ansiosas, tudo isso influencia na qualidade do sono”, explica o professor Rogério Beato, especialista em Neurologia Cognitiva e Medicina do Sono e professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG.
De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), nos casos crônicos, a insônia costuma ter duração média de 3 anos, podendo estar presente entre 56% a 74% dos pacientes no decorrer do ano, e em 46% deles de forma contínua, o que pode implicar em riscos para o desenvolvimento de outras doenças.
Além disso, a insônia é mais prevalente na população de menor poder socioeconômico, entre desempregados e aposentados e entre os que perderam cônjuges. Nestes casos não é raro que os pacientes sejam identificados com outros transtornos psiquiátricos e a insônia se apresenta como sintoma secundário de outra condição.
“O indivíduo que tem insônia crônica tem uma chance muito maior de desenvolver hipertensão. Quando a insônia é grave, de forma que a pessoa não consiga ter o mínimo de horas de sono durante a noite, isso também pode resultar em alterações metabólicas, que podem até predispor para o aumento de peso e diabetes”, explica Dalva Poyares, médica especialista pela Sociedade Americana de Medicina do Sono e Associação Brasileira do Sono.
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