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por Aline Neri - 06/06/2024 às 08:57
Em meio à polêmica envolvendo uma declaração sobre o salário de professores estaduais, o governador Elmano de Freitas (PT) se manifestou afirmando não concordar com “um movimento grevista cujas motivações não se justificam”. As universidades estaduais completaram dois meses em estado de greve nesta terça-feira (4).
“Sempre tive e sempre terei absoluto respeito e admiração pelos professores. Na rede estadual de Ensino Superior, nossa média salarial é de R$ 14 mil, o que considero justo e legítimo. O que não concordo, sinceramente, é um movimento grevista cujas motivações não se justificam, prejudicando milhares de estudantes”, diz o petista em publicação nas redes sociais.
Elmano finalizou dizendo que sempre estará “aberto ao diálogo, franco e respeitoso”.
A declaração é uma resposta à repercussão da comparação da remuneração dos docentes à renda de famílias cearenses feita pelo governador. “Não é justo esse professor de R$ 14 mil não dar aula para um aluno que a família dele ganhou R$ 1,4 mil, R$ 1,5 mil, R$ 2 mil. Não acho justo, politicamente. Estou falando não como um governador, como cidadão”, afirmou ao Diário do Nordeste.
O Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual do Ceará (Sinduece) rebateu a fala, que classificou como fake news e “mais uma tentativa hórrida em desmoralizar o movimento paredista das universidades estaduais”.
“Concordamos: não é justo os alunos ficarem sem aula. Por isso, governador, honre sua dívida com as professoras e professores para que retornemos às atividades. Podemos dialogar, podemos tentar acordo. A democracia é assim. Só não vale mentir”, argumenta a entidade.
Além do reajuste salarial – que o governo ofereceu 5,62% – , a categoria reivindica questões que envolvem reestruturação de carreiras, falta de professores e estruturas físicas de universidades. Uma nova mesa de negociação deve ocorrer no próximo dia 11, com representantes do Governo.
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