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por Giovanni Scomparin - 08/08/2024 às 12:53
O Ceará é o primeiro estado brasileiro a aprovar uma lei que inclui a educação climática na grade curricular das escolas da rede pública estadual. A iniciativa, proposta pelo deputado estadual Renato Roseno (Psol), foi sancionada pelo governador Elmano de Freitas (PT) e anunciada nesta quarta-feira (7).
Com a sanção da lei, a educação climática passará a ser abordada de forma transversal. Ou seja, o tema será abordado em outras disciplinas, como geografia, ciências e história, com uma abordagem multidisciplinar e multimetodológica.
A ideia busca desenvolver uma consciência ecológica e social nos alunos, promovendo a compreensão dos impactos das mudanças climáticas e estimulando o conhecimento sobre temas como o papel dos oceanos na regulação do clima, sustentabilidade, história dos movimentos climáticos, ambientalismo interseccional e práticas sustentáveis.
Também serão abordados os efeitos das emissões de gases de efeito estufa, poluição, justiça climática, racismo ambiental, e o conhecimento dos povos originários, além de questões específicas do Nordeste e do Ceará, por exemplo.
“Todos nós acabamos de ser atravessados por essa tragédia no Rio Grande do Sul, o Pantanal que arde em chamas, a Amazônia em seca. Tudo isso já é fruto das mudanças climáticas. Em 16 anos, metade do litoral cearense perderá metros de faixa de areia em razão do avanço do mar. Fortaleza perderá, pelo menos, 10 metros de litoral nos próximos 16 anos, segundo estudo da Universidade Federal do Ceará. Então, as mudanças climáticas são uma realidade”, argumenta Rosseno.
Durante o trabalho da temática, as escolas também poderão receber especialistas para palestras e outras ações, como workshops, feiras e rodas de conversa, além de promoverem atividades externas, como aulas de campo, que incentivam o contato direto dos alunos com a natureza.
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