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Estudo revela alta concentração de mercúrio no pescado cearense

por Aline Neri - 22/07/2024 às 12:22

Um estudo da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) revelou a preocupante concentração de mercúrio no pescado cearense, especialmente em espécies de grande porte. A população deve ficar alerta para quantidade consumida de algumas espécies.

Segundo Moisés Bezerra, professor universitário e chefe da pesca artesanal e aquicultura da Funcap, co-autor do estudo, o mercúrio é um contaminante global. Segundo ele, o metal possui fontes naturais e também provenientes de atividades humanas.

💬 “Na nossa região, temos pequenas concentrações ambientais, só que o pescado, especialmente, tende a acumular concentrações de mercúrio. Então, para os humanos, quando existe uma exposição elevada, se pode desenvolver sintomas, problemas neurológicos ou relacionados ao sistema nervoso nos humanos”, explicou em entrevista a rádio Jangadeiro BandNews Fm 101.7.

O mercúrio chega a esses peixes através do ambiente, mas os efeitos são potencializados devido à queima de combustíveis fósseis, mineração e indústrias. “Naturalmente, os predadores estão se alimentando de outros peixes e, consequentemente, incorporando níveis mais elevados de mercúrio”.

O estudo, realizado ao longo de dois anos, demonstrou que pescados como camarão, tilápia, lagosta, sardinha, robalos, serra, pargo, o areacó e a cioba tiveram pouca quantidade do contaminante identificada, sendo seguros para consumo humano. Já a cavala, atum, arraias e tubarões apresentaram quantidades consideradas inseguras para consumo.

“No caso desses peixes de grande porte, recomendamos uma certa moderação no consumo. Adultos e crianças, devem restringir o consumo até duas refeições por mês”, indicou.

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