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Médico-veterinário morto por funcionário tentou manter o emprego do acusado, diz MPCE

por Aline Neri - 17/07/2024 às 12:19

A Justiça recebeu a denúncia do Ministério Público do Ceará (MPCE) contra Romualdo Sousa Barros, acusado de matar o médico-veterinário e pesquisador, Saul Galdêncio Neto, nessa terça-feira (16). A vítima foi assassinada a tiros no último dia 4 de julho, no bairro Edson Queiroz, em Fortaleza, enquanto dava uma carona para o funcionário. Ele também vai responder por tentativa de homicídio contra a namorada da vítima, que estava no veículo durante o crime e foi baleada.

De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado por desavenças no trabalho. Romualdo havia recebido suspensões administrativas por faltas injustificadas no serviço e críticas dos demais tratadores de animais por se mostrar negligente no trabalho.
Além disso, recusava ou reclamava das tarefas repassadas pela namorada de Saul, afirmando que não trabalhava para ela.

“Assim, de modo absurdo e injusto, o réu personificou todas as suas frustrações profissionais nos seus chefes imediatos, planejando o assassinato das vítimas como forma de se vingar por seus problemas no trabalho, ciente de que as chances de ser demitido eram reais e sua demissão era iminente. Acreditou que, eliminando as vítimas, poderia manter seu emprego”, afirma o MPCE.

No entanto, segundo o Ministério Público, o acusado não sabia que, na verdade, o médico-veterinário havia intercedido para que Rumualdo mantivesse seu emprego, na esperança de que ele “voltaria a exercer adequadamente suas funções”. Saul também já haveria ajudado financeiramente a família de Romualdo, quando um dos filhos passou por procedimento cirúrgico.

O órgão ministerial ainda relatou na denúncia que Romualdo trabalhava na Universidade de Fortaleza (Unifor) há mais de dez anos e, “inicialmente, tinha grande estima pela vítima”.

O homem também foi autuado por falsa identidade, por tentar se passar por outra pessoa quando foi abordado por policiais, na manhã seguinte ao crime, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e receptação. A pistola usada no crime foi comprada na “Feira do Rolo”, do bairro Messejana, por R$ 2.800. O acusado a escondia na própria fazenda onde trabalhava e alegou ter a arma “para se defender”.

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