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por Vitória Barbosa - 01/04/2024 às 13:05
No dia 1º de abril, é tradicional participarmos de brincadeiras e piadas que giram em torno da mentira. Contudo, além das brincadeiras inocentes, a mentira pode evoluir para algo compulsivo, caracterizando um quadro sério de mitomania.
A mentira é uma faceta natural da condição humana, sendo comum ouvir que “todo mundo mente”, afinal, a mentira em certas situações pode ser necessária para a convivência em sociedade.
Aí é que mora o problema: quando a mentira se torna uma prática frequente e incontrolável, é classificada como mitomania.
A mitomania representa uma condição patológica na qual a pessoa recorre à mentira como forma de autoproteção ou para distorcer a realidade, com o intuito de melhorar sua própria imagem e evitar exposição social.
“Ele [o mitomaníaco] embarca na mentira que ele mesmo cria a ponto de assumir aquela mentira como verdade. Começa uma história e começa a exagerar, criando uma aventura, sempre com a intenção de chamar a atenção para si, devido a algumas carências afetivas”, informou o professor e psicólogo Doonon Franco.
A tendência à mentira pode abalar a confiança das pessoas próximas. Mentiras constantes comprometem a credibilidade e a integridade. Além disso, pode levar a complicações legais, financeiras e de saúde mental, impactando negativamente na qualidade de vida.
Apesar dos desafios, o mentiroso patológico pode ser tratado. O tratamento envolve terapia cognitivo-comportamental e intervenções médicas para auxiliar o indivíduo a compreender e controlar seus impulsos de mentir, restaurando a estabilidade emocional e melhorando sua funcionalidade social.
“Além da parte farmacológica, devemos ajudar essa pessoa a desenvolver autoestima, habilidades de interação social, tolerância à frustração e conscientizá-la sobre as consequências da mentira”, disse o psicólogo.
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