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Professores terceirizados de Quixadá denunciam salários atrasados há 8 anos e falta de férias remuneradas

por nicole.duarte - 13/11/2023 às 10:35

Em nota, a Secretaria de Educação de Quixadá - há 2 anos e 10 anos de gestão - informou que trabalha na perspectiva de mudanças, "principalmente ao que se referente ao pagamento dos professores de contratos temporários". (Foto: reprodução)

Professores terceirizados de Quixadá, interior do Ceará, estão com salários congelados há 8 anos, segundo denúncia feita ao Jornal Jangadeiro.

De acordo com um profissional, que não quis se identificar por receio de demissão, com descontos, o salário é de R$ 1.800 por 200 horas mensais. O valor é o mesmo desde 2017.

“Entra prefeito, sai prefeito e nada muda. Todos aqui têm medo de denunciar e perder o emprego. Muitos professores se deslocam para os distritos distantes arriscando vidas e com grandes gastos, por esse salário miserável”, afirma.

Em janeiro, o Ministério da Educação reajustou em 14,9% o piso salarial dos professores, que fez o valor passar de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55. No entanto, em Quixadá, o salário dos terceirizados não chega à metade do piso.

“Nós não temos direito a férias. Não somos remunerados em julho nem em dezembro. Esses meses a gente fica sem receber, ou seja, fica desempregado. A gente assina um contrato até junho, fica o mês de julho desempregado, e da mesma forma o mês de dezembro”, acrescentou a professora.

Outro profissional terceirizado falou que a queixa não é apenas sobre dinheiro, mas por dignidade e respeito à categoria.

“[Queria] um salário igualitário e humano que eu possa ter paz de espírito no Natal, ter uma ceia digna com minha família, poder compra um presente para meus filhos, em janeiro poder aproveitar o recesso escolar com meu dinheiro no bolso”, afirmou.

NOTA DA PREFEITURA

Em nota, a Secretaria de Educação de Quixadá – há 2 anos e 10 anos de gestão – informou que trabalha na perspectiva de mudanças, “principalmente ao que se referente ao pagamento dos professores de contratos temporários”.

“Uma vez que nosso município tem cumprido o piso salarial dos professores efetivos, tinha sido pautado uma correção ainda para este ano, contudo, nenhum prefeito contava com a queda brusca do Fundo de Participação dos Municípios, o que impossibilitou a execução do nosso planejamento. Nosso compromisso com o crescimento da educação e a valorização do magistério continua em pauta para realização de melhorias significativas”, diz o documento.

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