“Não tem o que fazer”. A frase proferida pelo jogador mais caro da história do Ceará, Guilherme Castilho, define a situação do time após a derrota para o Atlético-GO neste domingo (1º), no Castelão. A partida encerrou a 30ª rodada da Série B e o resultado de 1-0 decretou o fim do sonho do acesso, reconheceu o jogador.

“Na verdade, não tem o que falar”, começou assim a fala do atleta. Isso pode resumir o que foi atuação do time alvinegro durante os 90 minutos de jogo (e nas 30 rodadas da competição também). Das 17 finalizações do Vovô, somente uma foi na direção certa. A insistência em chutões permaneceu e, não à toa, 12 dessas finalizações foram de fora da área. 

O técnico Vagner Mancini escalou 4 atacantes, que não levaram perigo algum ao adversário. O treinador abriu mão de um meia de ofício e improvisou o melhor jogador da equipe, Erick, na posição.

Justamente na hora em que corrigiu o erro, tomou o castigo. O golaço de Luiz Fernando encobrindo o goleiro André Luiz, aconteceu quando Jean Carlos entrou na vaga de Saulo Mineiro para recompor o meio campo.

Apático, sem brio, sem criatividade, sem objetividade e sem ofensividade, o Ceará não conseguiu sequer um tradicional abafa. A posse de bola do jogo terminou 51% a 49%. Pouco e insuficiente para quem precisava evitar o pior e compensar a disposição do torcedor que foi ao estádio domingo à noite.

“Nossa torcida não merece isso”, enfatizou Castilho, que disse não ter o que fazer. Pelo contrário: tudo precisa ser feito. Para além de um mero pedido de desculpas carregado de clichês.