Os oito policias militares réus no julgamento do caso que ficou conhecido como a “Chacina do Curió” começaram a ser ouvidos na tarde deste sábado (2), no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Este é o segundo julgamento do caso e já ultrapassa 50 horas de duração, tendo iniciado na última terça-feira (29).

Após os depoimentos de sete testemunhas de defesa e uma pausa, iniciou-se a fase de interrogatório dos réus, começando por Gerson Vitoriano Carvalho. Além dele, serão ouvidos: Francinildo José da Silva Nascimento, Gaudioso Menezes de Mattos Brito Goes, José Haroldo Uchoa Gomes, Josiel Silveira Gomes, Ronaldo da Silva Lima, Thiago Aurélio de Souza Augusto e Thiago Veríssimo Andrade Batsta de Moraes. Eles são acusados de omissão do dever de agir.

O processo

O processo foi dividido em três, com 30 réus no total. O primeiro julgamento teve início no dia 20 de junho e durou mais de 60 horas.

O Conselho de Sentença da 1ª Vara do Júri de Fortaleza considerou os réus Antônio José de Abreu Vidal Filho, Marcus Vinícius Sousa da Costa, Wellington Veras Chagas e Ideraldo Amâncio culpados. Cada um deles foi condenado a 275 anos e 11 meses de prisão em regime inicialmente fechado. Eles também tiveram a prisão provisória decretada. As defesas vão recorrer das sentenças.

O terceiro julgamento acontecerá no próximo dia 12 de setembro, às 9h, no Fórum Clóvis Beviláqua. Outros oito novos réus também serão submetidos a julgamento.

A chacina

Entre a noite de 11 de novembro de 2015 e a madrugada do dia 12, em diferentes ruas da região da “Grande Messejana”, 11 pessoas foram mortas, três sofreram tentativa de homicídio e outras quatro, vítimas de tortura.