94% das prefeituras do Ceará aderem à paralisação contra cortes do Governo Federal

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94% das prefeituras do Ceará aderem à paralisação contra cortes do Governo Federal

por Vitória Barbosa - 31/08/2023 às 09:13

Ao todo, 173 municípios do Ceará aderiram à paralisação (Foto: Divulgação)

Prefeitos de 173 municípios do Ceará aderiram à paralisação contra queda de repasses federais do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O número representa 94% das prefeituras do estado, ou seja, 9 a cada 10 gestores acataram a mobilização realizada na manhã desta quarta-feira (30), na Assembleia Legislativa do Ceará.

“Nós temos 173 municípios que aderiram a essa manifestação, uns 120, 130 prefeitos aqui na Assembleia e outros estão fazendo esses movimentos nas suas cidades. Essa manifestação não diz respeito a partido político, o que nós estamos representando são os municípios, estamos pedindo ajuda para que a população não tenha problemas com a prestação de serviços”, disse o prefeito de Chorozinho e presidente Associação dos Municípios do Ceará (Aprece), Júnior Castro.

De acordo com o prefeito de Aquiraz, Bruno Gonçalves, as quedas no repasse do FPM ao município já chegam a 34%.

“Tivemos corte de servidores agora em julho, em torno de 500 funcionários, estamos fazendo um corte de 25% de toda a manutenção de energia, água, combustível, material de limpeza, estamos focando no básico para a população, para poder a gente esperar a sensibilidade do presidente Lula para resolver esse problema”, disse.

A situação também tem afetado a capacidade de investimentos de municípios como Juazeiro do Norte, segundo o prefeito Glêdson Bezerra, a cidade já sofreu uma redução de R$ 4 milhões nos repasses.

“Em julho e agosto, Juazeiro do Norte experimentou, em um mês e alguns dias, uma queda de R$ 4 milhões, numa perspectiva de R$ 10.4 milhões. Se no ano passado, Juazeiro recebeu, no mesmo período, R$ 10.4 milhões, neste ano, no mesmo período, Juazeiro recebeu R$ 6.4 milhões. Uma queda de R$ 4 milhões”.

“Não adianta eu partir para o investimento se eu não conseguir fazer o básico. A gente já demitiu muito, já cortou muito, mas chega uma hora que não tem mais o que cortar”, completou

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