Recorrer à solidariedade das pessoas foi a solução que os pais da Lara encontraram para que ela possa ter uma chance de vida. Ela ainda está na barriga da mãe, mas já precisa passar por duas cirurgias. Durante o pré-natal, Jacquelane Cordeiro descobriu que a filha possui uma Hérnia Diafragmática Congênita, uma malformação no diafragma que empurrou o intestino, o estômago e o fígado para o tórax, comprimindo pulmão e coração. O tratamento só é realizado em São Paulo e pode chegar a R$ 2 milhões.
“É considerada uma hérnia grave, com risco de morte ao nascer, porque ela pode ter uma hipertensão ou uma hipoplasia pulmonar”, explicou Jacquelane, que é fisioterapeuta materno infantil.
Por estar comprimido, o pulmão do bebê não está se desenvolvendo. A solução seria a colocação de um balão na traqueia, que a veda e não permite que saia líquido. Esse líquido faz com que o pulmão se expanda, impedido que seja imprensado. Essa cirurgia precisa ser feita na 27ª semana de gravidez. Ela está na 23ª. A outra cirurgia é para retirada do balão, próximo ao nascimento.
“A única chance que a gente tem é fazer essa cirurgia. Durante a gestação, ela não precisa de pulmão, mas quando ela nascer, ela não tem pulmão pra sobreviver”, ressalta.
Mais despesas
Além das cirurgias intrauterinas, o parto de Lara precisa ser acompanhado por equipe especializada; logo ao nascer, ela precisará de cuidados de UTI que podem chegar a R$ 20 mil por dia. Ela também precisa de cirurgia para corrigir a hérnia.
Para cobrir todos os custos e a filha tenha chance de sobreviver, Jacquelane abriu uma ‘vaquinha’ na internet com a meta de R$ 200 mil. Até o momento, quase R$ 30 mil foram doados.
Jacquelane já é mãe da Marina, de 1 ano e 7 meses. Junto com o esposo, Paulo Ricardo, e a primogênita, ela está em São Paulo realizando consultas e exames com a esperança de conseguir o valor que precisa para o tratamento da filha caçula.