Em 2026, o salário mínimo poderá subir de R$ 1.518 para R$ 1.630. A proposta do reajuste foi feita pelo Governo Federal durante a entrega do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) ao Congresso Nacional, nesta terça-feira (15).

No documento em que o governo planeja o orçamento para despesas e recursos do ano seguinte, conta que este aumento deverá ser constituído com base na análise até novembro da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) — que é o índice usado para medir o aumento do custo de vida. Além disso, o governo propõe um ganho real acima da inflação de 2,5%, determinado pelo arcabouço fiscal.

O projeto do governo também inclui previsões de aumento de R$ 1.724 para o salário mínimo em 2027, de R$ 1.823 para 2028 e de R$ 1.925 para 2029. Essas três proposições devem ser revistas no PLDO dos próximos anos.

O governo explica que, em 2023, o reajuste salarial era feito por meio da análise do INPC somado ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – soma das riquezas produzidas pelo país, de dois anos antes. O modelo era forte entre 2006 e 2019. Se fosse por essa regra, o ganho real seria de 3,4%, mas o pacote de corte de gastos do ano passado limitou esse crescimento, pois o salário mínimo está nos limites do arcabouço fiscal, que oferece aumento até no máximo 2,5%.

Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo tem impacto de aproximadamente R$ 400 milhões no Orçamento.

Isso porque os benefícios da Previdência Social, o abono salarial, o seguro-desemprego, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e diversos gastos são pagos de acordo com o salário mínimo. Na Previdência Social, a conta considera uma alta de R$ 115,3 bilhões nas despesas com os pagamentos e ganhos de R$ 71,2 bilhões na arrecadação.