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por Mayra Magalhães - 09/10/2024 às 14:10
Uma pesquisa da Universidade Federal do Ceará (UFC) descobriu que um ácido presente em diversos alimentos, como café e feijão verde, é capaz de prevenir déficits de memória. Presente também em frutas cítricas, o ácido clorogênico é um polifenol que possui comprovada ação neuroprotetora, antioxidante e anti-inflamatória.
No Brasil, mais de 1 milhão de pessoas convivem com a doença de Alzheimer, um transtorno que registra 100 mil novos casos por ano no país, conforme o Ministério da Saúde. Os pesquisadores da UFC resolveram testar se o ácido encontrado poderia diminuir os efeitos da doença. Para isso, induziram sintomas da doença em camundongos e testaram o tratamento com o ácido.
🧠 Os resultados mostraram que a substância protegeu os camundongos da morte de neurônios, diminuiu a neuroinflamação decorrente da doença e ainda aumentou o fator de crescimento de uma proteína que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento, no crescimento e na manutenção dos neurônios.
A pesquisa indica que o ácido clorogênico poderá ser usado como um tratamento realizado em adição à terapia-padrão principal ou inicial, muitas vezes com o intuito de diminuir a dose ou os efeitos colaterais.
💬 “A terapia adjuvante também tem a proposta de agir em outras vias relacionadas com a doença. No caso da doença de Alzheimer, o tratamento com o ácido poderia diminuir a neuroinflamação. A ação se daria para reduzir o estresse oxidativo e para melhorar a sinalização da insulina, diminuindo o processo de morte neuronal que acompanha a doença”, avalia Jéssica Rabelo Bezerra, autora da tese de doutorado em Farmacologia que fundamentou o estudo.
(Foto: Viktor Braga/UFC Informa)
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