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por Isabela Martin - 12/08/2024 às 09:28
Maternidade é uma condição par, que pressupõe complemento e contraponto: a paternidade. Mesmo quando o pai é ausente, seja qual for o motivo, seu lugar continua lá e, em alguma medida, será exercido — mesmo que não preenchido — pela mãe. A essas mulheres, toda honra e toda glória, porque a missão é duplamente árdua. Aos homens que assumem apropriadamente o papel de pai, parabéns pelo dia.
Toda mãe é filha, e toda filha tem um pai. O meu foi certamente a grande paixão da criança “Belinha”. Apesar dos desvios da vida, que precocemente nos afastaram do convívio cotidiano por um tempo, a saudade pela distância física era a medida do amor: o meu por ele e, certamente, o dele por mim.
Voltamos a viver próximos, mas nunca juntos. Isso nunca foi o bastante para mim, mas o que extraí da nossa relação foi essencial. A figura paterna dele foi crucialmente marcante na vida de todos os seus filhos e, mesmo sem a convivência diária, não faltou amor até nos deixar, há seis anos. Ao fim e ao cabo, o que vale é a qualidade e a intensidade do que vivemos.
Se a mãe tem um lugar glorificado na vida dos filhos, o pai deveria ser aquele que caminha lado a lado, não apenas como provedor material, mas também como parceiro para dividir as decisões e as tarefas ao lado da companheira, e mais um ponto de acolhida e proteção, de amor e de limites para os filhos.
Como as mães, pais não são perfeitos. Até os melhores erram tentando acertar. Juntos ou separados, o par pai/mãe é alicerce para os filhos. Se nessa combinação faltarem muitos elementos importantes, o essencial é que não falte amor.
Dedico este texto ao meu pai, Luiz Octávio. Obrigada por me deixar memórias que aquecem o meu coração. 🩵
▫️ Isabela Martin, mãe da Joana e da Juliana, é diretora de Jornalismo e Esportes da Jangadeiro.
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